O Brasil tem se destacado cada vez mais no cenário de inovação financeira. Após o sucesso de soluções como o Pix, Open Banking e Open Finance, que trouxeram benefícios significativos para o setor, vem aí o Drex. Inicialmente chamado de Real Digital, o Drex é a versão digitalizada da moeda brasileira oficialmente implementada pelo Banco Central, com previsão de lançamento no início de 2025.
O objetivo da nova moeda digital é transformar a economia nacional, oferecendo inovação, segurança e praticidade para as transações financeiras. Mas quais serão os reais impactos do seu lançamento no setor financeiro? É exatamente sobre isso que iremos falar neste artigo. Continue a leitura!
Entendendo o Drex
O Drex é a moeda digital emitida e regulamentada pelo Banco Central do Brasil (BCB), que faz parte de um movimento global de bancos centrais para criar as CBDCs (Central Bank Digital Currencies), ou seja, moedas digitais de bancos centrais. Sua implementação segue o exemplo de outras iniciativas ao redor do mundo, como o yuan digital na China e o e-krona na Suécia.
Seu principal objetivo é digitalizar o real, trazendo mais eficiência, segurança e inovação para o sistema financeiro brasileiro através de tecnologias como blockchain e contratos inteligentes. O Drex não substitui o real físico, mas complementa as formas tradicionais de transações, oferecendo um novo canal para transferências, pagamentos e operações financeiras automatizadas.
Como o Drex funcionará?
O Drex funcionará apenas para transações virtuais, sendo acessado por meio de carteiras digitais sob a responsabilidade de bancos ou outras instituições financeiras. Para pessoas físicas, seu acesso será mediante a um “token” de forma intermediada, enquanto bancos e instituições poderão acessá-lo diretamente junto ao BACEN.
Por enquanto, o Banco Central não prevê nenhuma cobrança de taxas para sua utilização. Porém, as instituições financeiras podem ter seus próprios critérios para a realização de cobrança que poderão estar atreladas a realização de serviços ou a conta, por exemplo.
Outro ponto a ser destacado é que, apesar de utilizar a tecnologia blockchain, o Drex não pode ser considerado uma criptomoeda. Uma vez que se trata de uma moeda digital centralizada, regulamentada e emitida pelo Banco Central do Brasil. Além disso, ele terá o mesmo valor do real físico, sem nenhuma variação de preço. Ou seja, 1 drex sempre será equivalente a R$1.
Principais vantagens do Drex para a economia
A implementação do Drex traz uma série de vantagens para o sistema financeiro brasileiro, tanto para consumidores quanto para empresas, como:
Maior segurança
Com a utilização do blockchain, o Drex oferece maior segurança em comparação às transações financeiras tradicionais. Já que o blockchain permite o registro imutável de todas as transações, tornando-as rastreáveis e verificáveis.
Redução de custos
O Drex elimina a necessidade de intermediários em muitas transações financeiras, o que pode reduzir significativamente os custos associados à transferências, pagamentos e contratos, e tarifas bancárias para empresas e consumidores.
Inclusão financeira
O Brasil possui uma parcela significativa de pessoas desbancarizadas que, por meio do Drex, poderão acessar serviços financeiros de maneira digital sem a necessidade de uma conta bancária tradicional.
Transações internacionais
A moeda digital tem o potencial de simplificar e acelerar transações internacionais, removendo barreiras e custos associados a câmbio e intermediários financeiros. O que será particularmente benéfico para empresas envolvidas em comércio exterior, que poderão utilizar o Drex para transferências internacionais rápidas e seguras.
Automação de processos financeiros
A implementação de contratos inteligentes com o Drex permitirá a automação de processos complexos, como pagamento de empréstimos, execução de contratos de compra e venda de imóveis e outras transações. O que trará mais eficiência e agilidade para os negócios e mercado em geral.
Tokenização de ativos
Bens como imóveis, veículos e até mesmo ações poderão ser representados digitalmente em forma de tokens. Com isso, será possível, por exemplo, fracionar a propriedade de um ativo e facilitar a negociação de pequenas parcelas de bens de grande valor, promovendo maior democratização no acesso a investimentos.
Impactos imediatos do drex no setor financeiro
O Drex representa uma mudança significativa no cenário financeiro do país e impactará diversas áreas do setor, desde a eficiência operacional até o comportamento do consumidor. Confira alguns impactos imediatos de sua implementação:
- Redução de custos e eficiência: as transações com o Drex serão mais rápidas e baratas, reduzindo significativamente os custos operacionais para bancos e instituições financeiras. Isso pode levar a uma diminuição das taxas cobradas aos clientes e facilitar o acesso a serviços financeiros por mais pessoas.
- Aumento da competitividade e inovação: sua introdução aumentará a concorrência no setor, incentivando fintechs e bancos tradicionais a inovarem cada vez mais. Para isso, as empresas precisarão desenvolver novos produtos e serviços que aproveitem a automação e a digitalização oferecidas pelo Drex.
- Segurança e conformidade regulatória: a tecnologia blockchain do Drex trará mais segurança e controle ao sistema financeiro, permitindo que as autoridades monitorem de perto as transações e combatam práticas ilícitas, como lavagem de dinheiro. Logo, as instituições financeiras também precisarão adaptar seus sistemas de conformidade para lidar com os novos requisitos.
- Mudança no comportamento de pagamentos: a implementação do Drex pode trazer mudanças nas preferências de pagamento, especialmente em áreas como comércio eletrônico e transações digitais. Já que a moeda digital pode reduzir a dependência de dinheiro físico e até mesmo de cartões de crédito, oferecendo uma alternativa muito mais eficiente e acessível.
Inovação e eficiência para o setor financeiro brasileiro
A implementação do Drex abre portas para uma economia muito mais digital e eficiente. Porém, exige que empresas de todos os setores, não apenas as financeiras, se adaptem às novas realidades tecnológicas e regulatórias. Com o projeto-piloto do Drex já em andamento e seu lançamento próximo, é essencial que as empresas comecem a se preparar.
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