O custo de não modernizar: 7 riscos de manter sistemas legados

Imagem que mostra uma busca do porque manter sistemas legados, tema do artigo da Luby.

Somente empresas com uma base tecnológica moderna estão preparadas para os desafios digitais de hoje. No entanto, muitas organizações ainda optam por manter sistemas legados, seja por medo dos custos iniciais ou pela complexidade que um projeto de modernização envolve. O que muitos não percebem é que adiar essa transformação digital não é apenas uma questão de tempo, é um risco que pode gerar consequências financeiras, operacionais e estratégicas a longo prazo.

Neste artigo, exploraremos os principais riscos e desvantagens de manter sistemas legados, destacando como a falta de modernização pode impactar negativamente as operações, a segurança, a conformidade regulatória e, finalmente, a sobrevivência da sua empresa em um ambiente de negócios altamente competitivo. A decisão de manter sistemas legados pode parecer segura a curto prazo, mas os custos de manutenção e riscos de conformidade são altos.

1. Crescimento dos custos de manutenção

Uma das desvantagens mais evidentes de manter sistemas legados é o aumento contínuo dos custos de manutenção. Segundo relatório da Deloitte, uma média de 57% do orçamento de TI das empresas é destinada ao suporte operacional de sistemas antigos. Esse fardo financeiro aumenta à medida que os sistemas envelhecem, exigindo mais mão de obra especializada e tornando-se mais difíceis de integrar com novas tecnologias.

Além disso, a escassez de profissionais com conhecimento em linguagens de programação obsoletas, como COBOL, resulta em salários mais altos e maior dependência de um número limitado de especialistas. Essa situação não apenas aumenta os custos operacionais, mas também cria uma vulnerabilidade organizacional: se algo der errado com o sistema, encontrar a expertise necessária para solucionar o problema pode levar mais tempo e custar ainda mais.

2. Vulnerabilidades de segurança

Outro risco crítico de manter sistemas legados é a vulnerabilidade a ataques cibernéticos. Em um cenário onde as ameaças digitais evoluem constantemente, sistemas antigos se tornam alvos fáceis para hackers. Muitos desses sistemas foram desenvolvidos antes da era dos ataques avançados de ransomware e outras ameaças modernas, e não possuem os recursos de segurança necessários para proteger dados sensíveis.

Um estudo da Sophos revelou que o custo médio de remediação de um ataque de ransomware mais que dobrou entre 2019 e 2020, passando de US$ 761.106 para US$ 1,85 milhão​. Esses custos incluem perdas operacionais, recuperação de dados e, frequentemente, multas regulatórias associadas a violações de dados. Empresas que dependem de sistemas legados correm o risco de se tornar vítimas dessas violações, perdendo não apenas dinheiro, mas também a confiança de seus clientes e parceiros de negócios.

3. Integração limitada e perda de oportunidades

Sistemas legados frequentemente carecem de integração com novas tecnologias, limitando a capacidade da empresa de inovar e escalar. A falta de integração com sistemas modernos de automação e análise de dados pode criar silos de informações dentro da organização, resultando em decisões baseadas em dados incompletos ou desatualizados. Um relatório da esynergy apontou que cerca de um terço dos líderes empresariais em grandes corporações relatam dificuldade em tomar decisões informadas devido à incapacidade de acessar dados de forma integrada​.

Além disso, ao manter sistemas que não são compatíveis com tecnologias modernas, como inteligência artificial (IA) e IoT (Internet das Coisas), as empresas perdem a oportunidade de melhorar a experiência do cliente e otimizar seus processos operacionais. Por exemplo, em setores como o e-commerce, onde a inovação e a experiência do usuário são fatores críticos de sucesso, a incapacidade de suportar funcionalidades como pagamentos com um clique ou análises preditivas pode levar à perda de clientes para concorrentes mais ágeis.

4. Dívida técnica

Imagem que mostra uma mão humana digitando num teclado, simbolizando o custo de manter sistemas legados.

O conceito de dívida técnica se refere aos custos ocultos acumulados ao longo do tempo por não modernizar sistemas. A cada ano que uma empresa adia a modernização, o sistema legado se torna mais complexo e caro de manter, acumulando o que é conhecido como “dívida técnica”. Isso ocorre porque as soluções temporárias aplicadas para manter o sistema funcionando — como correções rápidas e atualizações pontuais — não resolvem os problemas subjacentes, mas sim os empurram para o futuro.

Segundo a Unqork, cerca de 80% das organizações admitem que a dívida técnica levou ao cancelamento de projetos críticos e ao aumento de custos operacionais​. A longo prazo, essa dívida se torna insustentável, forçando as empresas a gastar mais tempo e recursos apenas para manter o sistema funcionando, sem agregar valor ao negócio. Além disso, quando a empresa finalmente decide modernizar, a transição se torna mais complexa e cara devido ao acúmulo de falhas e interdependências.

5. Risco de não conformidade

Com o avanço da legislação sobre proteção de dados, como o GDPR na Europa e a LGPD no Brasil, manter sistemas legados pode expor a empresa a risco de não conformidade. Esses sistemas muitas vezes não possuem os mecanismos necessários para garantir a segurança dos dados pessoais ou a flexibilidade para adaptar-se a novas exigências regulatórias.

Empresas que falham em se adaptar às mudanças regulatórias correm o risco de sofrer multas pesadas e danos irreparáveis à sua reputação. A conformidade não é apenas uma questão de evitar sanções financeiras, é também uma demonstração de compromisso com a privacidade e a segurança dos clientes. Ignorar isso pode levar à perda de negócios para concorrentes que oferecem melhores garantias de segurança.

6. Redução de produtividade e estagnação criativa

Sistemas legados não apenas dificultam a inovação, mas também limitam a produtividade interna. A necessidade constante de manutenção e o tempo gasto em solucionar problemas técnicos impedem que as equipes de TI se concentrem em projetos que realmente impulsionam o crescimento e a inovação. Além disso, funcionários que trabalham em setores diretamente impactados por sistemas antigos podem se sentir frustrados com a falta de ferramentas eficientes, levando à queda de produtividade e, em muitos casos, ao aumento da rotatividade de funcionários.

Com a inovação sendo um dos principais impulsionadores de crescimento em um mercado competitivo, confiar em tecnologia obsoleta significa perder oportunidades valiosas de lançar novos produtos, serviços e experiências que atendam às expectativas dos clientes. Empresas que não inovam correm o risco de ficar para trás, permitindo que concorrentes mais dinâmicos capturem sua fatia de mercado.

7. Impacto na experiência do cliente

A incapacidade de adaptar-se às novas demandas tecnológicas também afeta diretamente a experiência do cliente. Em um mundo digital, onde os consumidores esperam soluções rápidas, seguras e personalizadas, empresas que dependem de sistemas legados enfrentam dificuldades em atender a essas expectativas. Ferramentas antigas não conseguem oferecer funcionalidades modernas, como atendimento omnichannel ou automação de processos, que são cruciais para a satisfação e retenção de clientes.

Se a empresa não pode fornecer uma experiência de usuário fluida e ágil, é provável que os clientes procurem alternativas em concorrentes que investem em tecnologia de ponta. A lealdade do cliente é fundamental, e qualquer falha em atender às suas expectativas pode ter um impacto direto nas receitas e na reputação da marca.

O caminho para a modernização

A modernização de sistemas legados não é uma tarefa simples, mas é uma necessidade para empresas que desejam crescer e prosperar. Com opções como microsserviços, refatoração e integração via APIs, as empresas podem modernizar seus sistemas de forma gradual, minimizando o impacto nas operações diárias e evitando o custo excessivo de uma transformação radical e imediata.

No entanto, é importante que as organizações não vejam a modernização como um custo, mas sim como um investimento estratégico. Ao atualizar suas infraestruturas tecnológicas, as empresas podem não apenas reduzir custos operacionais e mitigar riscos de segurança, mas também se posicionar para inovar, crescer e liderar em seus setores.

Não deixe o legado ser um peso no futuro do seu negócio

Manter sistemas legados pode ser uma decisão arriscada e cara. A longo prazo, as empresas que continuam a manter sistemas legados estão assumindo riscos crescentes, desde segurança até perda de competitividade. Agora é o momento de agir!

Se a sua empresa está pronta para dar o próximo passo e modernizar suas operações, entre em contato com nossa equipe de especialistas. Preencha o formulário aqui e descubra como nossas soluções tecnológicas personalizadas podem ajudar a transformar seu negócio e garantir que você esteja preparado para o futuro. Invista na modernização e colha os benefícios de um sistema ágil, seguro e eficiente.

Rodrigo Gardin

Rodrigo Gardin

CTO da Luby

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