Na última quarta-feira, a Luby reuniu líderes do mercado financeiro e de tecnologia para um encontro com conteúdo estratégico e conversas sobre os rumos do setor. O Esquenta Tech&Banking foi mais do que um happy hour, foi um espaço para discutir de forma objetiva onde estamos, o que já funciona e o que ainda trava a inovação.
Com a presença de executivos de diversas instituições, o evento se propôs a sair do lugar-comum e olhar para o Open Finance e a inteligência artificial não como promessas futuras, mas como capacidades que já estão transformando produtos, decisões e experiências de clientes.
Foi com essa pergunta que Marcelo Feltrin, Head de Finance da Luby, deu início à conversa. A provocação, longe de ser uma crítica, refletiu um sentimento comum no mercado. Mesmo com números expressivos, como os mais de 50 milhões de consentimentos únicos registrados até maio, muitos ainda não percebem um retorno claro sobre os investimentos feitos até agora.
Segundo Feltrin, o volume de dados já trafegados pelo ecossistema é alto, cerca de 6 bilhões de chamadas por semana. Ainda assim, muitos líderes seguem céticos quanto ao valor real entregue ao cliente final. Isso acontece, em grande parte, porque o setor ainda está migrando de uma fase marcada pela obrigação regulatória para um novo momento, onde a diferenciação e a criação de valor se tornam protagonistas.
Em seguida, Matheus Teixeira, Head de Produto e Inovação da Luby, trouxe exemplos práticos de como a IA generativa está sendo combinada aos dados do Open Finance para gerar novos tipos de inteligência operacional.
Com dados mais estruturados e acessíveis, a orquestração de agentes inteligentes já permite criar indicadores de risco com mais precisão, prever comportamentos e acionar ofertas em tempo real. Isso reduz drasticamente o tempo de resposta das instituições financeiras, em alguns casos, jornadas de crédito que antes duravam minutos ou horas agora são concluídas em questão de segundos.
Teixeira apresentou ainda o conceito de Portability Accelerator, que combina perfis de dados, modelagem de comportamento e chamadas programadas ao Open Finance para detectar sinais de churn, risco e intenção de portabilidade antes que o cliente finalize a decisão. A inteligência generativa entra como aliada na criação de mensagens personalizadas, distribuídas via canais como WhatsApp e SMS, de forma contextual e com linguagem calibrada para cada perfil.
A terceira parte da conversa ficou por conta de Daniel Arjuna, Head de TI da Celcoin, que participou como convidado especial e trouxe uma visão pragmática sobre o uso dos recursos do Open Finance em pagamentos.
Segundo ele, o mercado evoluiu de uma fase marcada por POCs e implementações obrigatórias para um momento de maturidade técnica e estratégica. Hoje, empresas de setores como varejo, farmácia e energia já aplicam soluções de Open Finance para criar jornadas de pagamento mais ágeis e com menos fricção.
Entre os exemplos apresentados estavam os pagamentos sem redirecionamento, o PIX por aproximação, os agendamentos automatizados e as transferências inteligentes baseadas em regras personalizadas. Com uso único de consentimento e autenticação via biometria, essas soluções permitem experiências parecidas com o que já se vê em aplicativos como Uber, com pagamentos acontecendo de forma transparente ao usuário.
Ao longo do encontro, ficou evidente que o avanço do Open Finance depende cada vez menos da tecnologia e mais da capacidade das empresas em transformar infraestrutura em estratégia. O debate passou por temas como:
Ficou claro também que o futuro das decisões financeiras está cada vez mais ligado à capacidade de gerar contexto. Seja para reduzir risco, personalizar ofertas ou otimizar a alocação de recursos, a combinação entre dados bem estruturados e modelos de IA generativa já é um diferencial competitivo.
O encerramento do evento trouxe como analogia a história da Netflix e a decisão da Blockbuster de ignorar um modelo que já mostrava sinais claros de transformação. Com tanta coisa já em movimento, é preciso transformar valor em produto, experiência e crescimento.
O Esquenta Tech&Banking deixou claro que estamos entrando em um novo ciclo com foco em explorar mais oportunidades. Ou seja, um momento que exige estratégia, capacidade de execução e visão prática sobre o uso dos dados.
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