11 de julho de 2024
O cenário financeiro global vive uma transformação acelerada, impulsionada por inovações tecnológicas e uma torrente de mudanças regulatórias que exigem adaptabilidade contínua das instituições. Nesse contexto, surge o conceito de Open Finance, uma revolução que promete redefinir os paradigmas do setor. Essa nova realidade traz um misto de desafios e oportunidades que as instituições financeiras tradicionais precisarão navegar com estratégia e visão de futuro.
Diariamente, essas instituições se deparam com a difícil tarefa de inovar enquanto se mantêm dentro da conformidade regulatória cada vez mais complexa. Por isso, a implementação de plataformas digitais que garantam essa conformidade e a segurança de dados está no topo das prioridades. Segundo uma pesquisa da Deloitte, 85% das instituições financeiras citam a conformidade regulatória como um dos principais desafios no processo de transformação digital, e a cada nova diretiva imposta pelos órgãos reguladores, há exigência de ajustes rápidos e eficazes, sob o risco de penalidades severas e danos irreparáveis à reputação.
Um estudo do Boston Consulting Group indicou que 70% dos consumidores preferem usar serviços financeiros digitais fornecidos por seus bancos tradicionais se esses forem tão inovadores quanto os das fintechs. Essa tendência mostra que a pressão por inovação é intensa, especialmente frente à concorrência com as fintechs, que são mais ágeis e focadas digitalmente. A demanda dos clientes por serviços digitais está em alta, exigindo que as instituições tradicionais expandam seus portfólios para incluir soluções como carteiras digitais e plataformas de investimento online.
Por outro lado, o Open Finance oferece oportunidades significativas. Ele facilita a criação de ecossistemas financeiros interconectados, onde diferentes serviços podem ser integrados para oferecer uma experiência personalizada aos clientes. Esse ambiente interconectado permite que as instituições compreendam melhor o comportamento e as necessidades dos clientes, promovendo uma relação mais profunda e leal. Um relatório do “State of Open Banking” da Tink mostrou que mais de 50% das instituições financeiras já estão investindo no desenvolvimento de plataformas de Open Banking para melhorar a experiência do cliente.
A inovação contínua é uma das grandes promessas do Open Finance, permitindo que as instituições financeiras explorem novas ideias e serviços dentro de um quadro regulatório colaborativo. A criação de laboratórios de inovação e parcerias estratégicas para pesquisa e desenvolvimento torna-se fundamental para manter a competitividade nesse mercado em rápida evolução. Em particular, as infraestruturas de sandbox, onde novas soluções podem ser testadas em um ambiente controlado, estão ganhando popularidade, permitindo a experimentação sem comprometer a segurança. O Relatório Anual do Banco de Compensações Internacionais (BIS) destaca que 65% dos países estão desenvolvendo ou já implementaram sandboxes regulatórias para testar inovações financeiras.
Paralelamente, a segurança cibernética se torna um fator crítico nesse cenário de amplificação do compartilhamento de dados e multiplicação de pontos de acesso, o que aumenta significativamente as vulnerabilidades. A implementação de soluções avançadas de cibersegurança e a adoção de políticas rigorosas de proteção de dados não são apenas necessárias, mas inevitáveis. Essas práticas mitigam riscos e, ao mesmo tempo, reforçam a confiança dos clientes, estabelecendo-se como um diferencial competitivo importante.
O Open Finance também abre novas possibilidades de mercado através do compartilhamento de dados e a integração de serviços que permitem alcançar segmentos que antes estavam fora do alcance. Este novo acesso facilita a criação de produtos financeiros mais inclusivos, projetados para atender necessidades diversas. A diversificação de ofertas aumenta a resistência das instituições às flutuações econômicas, proporcionando uma base sólida para o crescimento contínuo. Um estudo da McKinsey & Company estima que o Open Banking pode gerar até US$1 trilhão em novas oportunidades de receita para instituições bancárias até 2030.
Além disso, o avanço de tecnologias como inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina está fortemente alinhado com as promessas do Open Finance. A IA permite uma análise de dados mais sofisticada, proporcionando insights valiosos sobre o comportamento dos clientes e permitindo a personalização de ofertas de produtos e serviços de forma muito mais precisa e eficaz. Cerca de 52% das instituições financeiras já implementaram IA em alguma forma e os investimentos na tecnologia continuam a crescer. A Internet das Coisas (IoT) também vem ganhando espaço nas soluções financeiras, ajudando a conectar dispositivos e dados de maneiras antes inimagináveis. A proliferação de dispositivos conectados, desde smartphones até assistentes virtuais, fez explodir a quantidade de dados disponíveis, abrindo novas oportunidades para monitorar e entender o comportamento dos clientes em tempo real, possibilitando uma abordagem mais holística na criação e oferta de produtos financeiros e garantindo que as soluções sejam mais alinhadas às necessidades e comportamentos reais dos consumidores. De acordo com a Juniper Research, 25 bilhões de dispositivos IoT estarão conectados até 2025, trazendo um potencial imenso para o setor financeiro.
O Open Finance está fortemente alinhado com diversas tendências emergentes, como a personalização de serviços, a experiência do cliente, a IA, o aprendizado de máquina e a IoT. O uso de dados para oferecer serviços sob medida está se tornando uma exigência comum entre os consumidores, e as instituições que conseguirem alavancar essas tendências estarão melhor posicionadas no mercado. O avanço destas tecnologias permitirá uma análise de dados mais sofisticada, prevendo comportamentos e personalizando ofertas mais eficazes; contudo, deve-se observar a ética e a transparência, protegendo a privacidade dos consumidores e respeitando as regulamentações vigentes.
Transformar desafios em oportunidades não é apenas uma questão de sobrevivência, mas de prosperidade em um mercado em constante evolução. Com uma mentalidade aberta e adaptativa, essas instituições estarão preparadas para liderar num mundo onde a transformação digital não é uma escolha, mas uma necessidade inescapável.
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