Ao longo dos anos, bancos e instituições financeiras estruturaram seus sistemas visando garantir a continuidade do negócio. Os chamados sistemas bancários legados eram responsáveis por uma grande carga de processos digitais, desde motores de crédito até funções administrativas. Porém, com a chegada das fintechs e constante evolução tecnológica, aqueles que não optarem pela modernização de seus legados bancários podem estar decretando aos poucos o seu fim.
Isso porque, muitas vezes, os sistemas legados são altamente complexos e dependem de um grande número de integrações com outros sistemas – internos e externos, inclusive para a sua manutenção. Essa dependência pode resultar não só em perda de eficiência, como também em risco a ataques cibernéticos, por exemplo. Além disso, manter um sistema legado pode ser extremamente caro a longo prazo.
A jornada de transformação do setor bancário
A modernização de sistemas legados é extremamente importante para suportar as demandas trazidas pela transformação digital, principalmente as que dizem respeito aos novos hábitos de clientes e consumidores de maneira segura e eficiente.
Mas porque os bancos simplesmente não substituem seus antigos sistemas por novos, já que legados são caros e também são uma fonte de risco? A resposta é simples: devido a sua imensa complexidade sistêmica!
Porém, profissionais com conhecimento e experiência necessária para mantê-los estão diminuindo rapidamente. E, muitas vezes, a documentação referente a esses sistemas sequer está atualizada ou existe. Logo, uma das formas mais eficientes e econômicas para resolver esse problema em um tempo relativamente curto é através da utilização de tecnologias como Nuvem e IA.
Investimento na modernização de sistemas bancários legados
No Brasil, a modernização de sistemas bancários legados para a nuvem está no topo das prioridades das instituições. Segundo um estudo realizado pela Febraban, o orçamento total destinado à tecnologia pelos bancos brasileiros em 2024, incluindo despesas e investimentos, deverá atingir R$47,4 bilhões.
Essa evolução tem se tornado uma realidade em muitas instituições brasileiras, como o Itaú, que possui mais da metade de sua plataforma tecnológica modernizada em nuvem. E o BV que, em parceria com o Google Cloud, transferiu todas as operações do Banco Digital para a plataforma de Banking as a Service (BaaS) e o PIX para a nuvem.
Porém, embora a maioria das instituições financeiras brasileiras já tenha migrado informações para a nuvem, o total transferido ainda não ultrapassa 50% de seus sistemas. Esse cenário é semelhante à perspectiva mundial, na qual 82% dos bancos afirmam que planejam atingir a meta de 50% nos próximos 10 anos. Ou seja, ainda existe um longo caminho a percorrer no país e a nível mundial.
Como a nuvem pode ampliar as possibilidades do sistema bancário?
Alavancada pelas melhores práticas de agilidade e DevOps, a migração para nuvem tem impulsionado cada vez mais a eficiência dos bancos. Essa abordagem, que visa automatizar processos, eliminar o armazenamento de dados em sistemas isolados e promover uma cultura de responsabilidade compartilhada, promete expandir ainda mais a transformação digital do setor. Possibilitando que as instituições financeiras contem com estratégias direcionadas principalmente à otimização de processos internos e oferta de novas soluções a seus clientes.
Entre os principais benefícios da adoção desse tipo de estrutura, podemos citar:
- Escalabilidade
- Eficiência operacional
- Flexibilidade no armazenamento
- Agilidade em realizar mudanças
- Acesso facilitado a inovações
- Manutenção mais simples
- Integração e colaboração entre ferramentas e sistemas
- Atualizações automáticas
- Backups automáticos
- Redução de custos
Inovação como motor de transformação
Assim como as Fintechs, os bancos tradicionais e as instituições financeiras já perceberam que, para se manter competitivos, a tecnologia é indispensável para otimizar a produtividade e entrega de produtos e serviços. E isso inclui não só a modernização de sistemas bancários legados, como também a aplicação de IA na implantação de plataformas, ecossistemas e automações.
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