Como o Open Finance está moldando a nova arquitetura dos bancos - Como o Open Finance está se consolidando como infraestrutura, conectando dados, IA e automação para decisões ágeis e seguras. Leia mais!

Fintechs e Bancos

Como o Open Finance está moldando a nova arquitetura dos bancos

22 de julho de 2025

O Open Finance vem ganhando espaço na operação de bancos com maior maturidade digital. Hoje, já movimenta decisões, produtos e fluxos com apoio de dados confiáveis e integrados. Em vez de funcionar apenas como canal de consulta ou resposta à regulação, passou a integrar a infraestrutura técnica, conectando fontes externas e abastecendo sistemas em tempo real.

Essa transição vem ocorrendo de forma prática, impulsionada pela busca por mais precisão operacional. Com dados acessíveis e validados por consentimento, as instituições conseguem automatizar processos, ajustar ofertas conforme o comportamento dos clientes e ampliar conexões com parceiros com menos atrito.

De produto a fundação do sistema bancário

A evolução do Open Finance no Brasil tem sido rápida, mas desigual. Enquanto muitas instituições ainda exploram funções básicas como agregação de contas e visualização de saldos, outras começam a estruturá-lo como base para inteligência e integração em larga escala.

Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, os investimentos em Open Finance devem chegar a R$552 milhões neste ano, um aumento de 65% em relação ao ano anterior. O volume de chamadas de API mais que dobrou em 12 meses, saltando de 51,9 bilhões para 112,3 bilhões, com destaque para a fase 2, que envolve dados cadastrais e transacionais.

Interoperabilidade como diferencial

No centro dessa nova fase está a capacidade de integrar dados externos a fluxos internos, sem rupturas ou retrabalho. Bancos com maturidade digital mais avançada operam, em média, com 324 APIs externas e adotam modelos de governança distribuída, o que facilita o escalonamento de integrações com segurança e agilidade.

Esse tipo de arquitetura permite que o Open Finance funcione como uma camada de dados interoperável, não apenas como um canal de consulta. Com isso, alimenta modelos analíticos, motores de risco e sistemas de recomendação com dados confiáveis, de forma contínua.

IA e automação contextual

A combinação entre Open Finance e inteligência artificial está mudando a forma como decisões são tomadas nos serviços financeiros. Com dados estruturados e atualizados em tempo real, os sistemas operam com mais contexto e agilidade. Decisões como concessão de crédito, análise de risco ou recomendações personalizadas deixam de se basear apenas em históricos e passam a considerar sinais mais recentes e relevantes.

Atualmente, bancos com maturidade em IA já usam essa base para: 

  • Antecipar comportamentos com base em dados externos autorizados;
  • Oferecer produtos hiperpersonalizados com risco calculado em tempo real;
  • Automatizar fluxos de atendimento, KYC e validação com menos atrito.

O desafio da confiança e da experiência

Apesar do avanço técnico, a adoção plena do Open Finance ainda enfrenta obstáculos culturais e operacionais. Mais de 40% dos bancos indicam que a principal barreira é a falta de entendimento por parte dos clientes sobre como o modelo funciona. Além disso, a jornada de consentimento e os fluxos de autorização ainda geram dúvidas e atritos.

Por outro lado, o número de consentimentos ativos cresceu e já ultrapassa 46 milhões em 2024. Isso mostra que, quando bem implementado, o modelo não apenas atende aos requisitos de segurança, como também melhora a percepção do cliente, que passa a experimentar benefícios reais como personalização, resposta rápida e integração entre instituições.

Casos de uso ganhando maturidade

As aplicações mais comuns hoje mostram que o Open Finance já gera impacto em áreas estratégicas:

  • CRM e inteligência comercial (41%)
  • Pagamentos e transferências (18%)
  • Agregação e visualização de dados (17%)
  • Análise de crédito (12%)

Ainda assim, apenas 6% dos bancos dizem extrair alto valor dessas iniciativas no momento, enquanto 41% esperam alcançar esse retorno nos próximos anos. Esse descompasso revela que o potencial está longe de ser esgotado e depende principalmente da capacidade de integrar dados entre diferentes áreas do banco.

Open Finance como motor de escala e inovação

A combinação entre Open Finance, IA e automação já gera ganhos relevantes para quem avançou nessa integração:

  • Redução de custos na aquisição e manutenção de dados
  • Mais precisão nos modelos analíticos
  • Menor exposição a riscos operacionais e de crédito
  • Criação de produtos sob demanda
  • Aceleração no desenvolvimento e entrega

Com APIs conectadas, fluxos automatizados e dados que circulam entre sistemas sem barreiras, a inovação não depende mais de ciclos longos. Ela se torna parte do dia a dia, permitindo escalar com consistência e responder com agilidade às demandas do mercado.

Open Finance como base da transformação bancária

Os bancos que evoluíram no uso do Open Finance já tratam essa estrutura como parte do seu sistema nervoso digital. Afinal, dados circulam com mais liberdade, decisões ganham contexto e produtos se tornam mais alinhados ao perfil dos clientes.

Na Luby, apoiamos instituições que querem sair da fase exploratória e estruturar o Open Finance como ativo estratégico. Se a sua operação está pronta para esse passo, fale com a gente.

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Autor

Rafaela Dornellas

luby.com.br

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