Segurança digital no setor financeiro no onboarding e compliance - Descubra como fortalecer o onboarding e o compliance com estratégias de segurança digital no setor financeiro.

Segurança

Segurança digital no setor financeiro no onboarding e compliance

27 de agosto de 2025

Estratégias de segurança digital no setor financeiro

O setor financeiro brasileiro vive uma fase de digitalização intensa. O Pix se consolidou como meio de pagamento, novos modelos de crédito surgiram e plataformas digitais passaram a oferecer jornadas cada vez mais simples e integradas. Com isso, a automação deixou de ser apenas uma forma de agilizar processos, tornando possível abrir contas em minutos e conceder crédito de forma quase imediata. Porém, quanto mais fluida se torna a experiência do usuário, mais complexas e sofisticadas ficam também as ameaças cibernéticas. 

O Brasil vive hoje um ambiente de risco elevado, apenas no primeiro semestre de 2025, foram registradas mais de 300 bilhões de tentativas de ataque cibernético. O país ocupa a segunda posição global em ataques de malware e lidera a América Latina em volume de incidentes. Isso mostra que não se trata apenas de números, mas de uma pressão constante sobre empresas financeiras, fintechs e instituições públicas que lidam com dados e transações críticas.

Um cenário cada vez mais sofisticado

As ameaças cibernéticas deixaram de ser genéricas para se tornarem direcionadas. Grupos criminosos usam ferramentas legítimas, como softwares de monitoramento remoto (RMM), para invadir sistemas de forma silenciosa, com baixo índice de detecção. Ao mesmo tempo, cresce o número de ataques automatizados que buscam explorar brechas em tempo recorde, muitas vezes antes mesmo que os times de defesa percebam.

Fraudes com Pix, campanhas de phishing, ransomware e ataques de negação de serviço (DDoS) já fazem parte do cotidiano das empresas brasileiras, com prejuízos que não se limitam ao impacto financeiro imediato, mas se estendem para danos reputacionais e perda de confiança do cliente. Para bancos e fintechs, essa confiança é o ativo mais valioso durante o onboarding, já que qualquer falha inicial pode comprometer a relação de longo prazo.

O papel do onboarding digital na segurança

O onboarding é o primeiro contato real do cliente com a instituição. Nele, a empresa coleta dados, valida identidades, aplica regras de compliance e estabelece a base para a relação de confiança. Se esse processo for falho, abre brechas não apenas para fraudes financeiras, mas também para a entrada de clientes de risco que podem gerar problemas regulatórios no futuro.

Por isso, não basta apenas solicitar documentos e cruzar informações superficiais. É preciso combinar autenticação forte, verificação contínua e análise de comportamento em tempo real para identificar anomalias. Além disso, a automação precisa ser balanceada com governança, garantindo que a experiência seja ágil para o usuário e segura para a instituição.

Compliance como aliado da segurança digital

O compliance, muitas vezes visto apenas como obrigação regulatória, tornou-se um elemento estratégico na defesa digital. Ao integrar as práticas de conformidade com os mecanismos de cibersegurança, as empresas conseguem prevenir riscos de forma mais efetiva.

Por exemplo, processos de KYC (Know Your Customer) e AML (Anti-Money Laundering), quando potencializados por tecnologias de verificação digital, permitem identificar padrões suspeitos já na entrada do cliente. Além disso, a análise cruzada de dados, o uso de biometria e a verificação documental automatizada reduzem a chance de que identidades falsas ou contas de fachada avancem para dentro do sistema.

Essa integração entre compliance e segurança digital no setor financeiro é fundamental para lidar com regulações cada vez mais rígidas. O Banco Central, por exemplo, exige que instituições financeiras implementem controles capazes de reduzir fraudes e preservar a integridade das transações. Cumprir essas exigências não é apenas uma questão legal, mas uma forma de proteger o próprio negócio em um ambiente de ataques sofisticados.

6 estratégias de segurança digital no setor financeiro

Para enfrentar esse cenário, algumas estratégias se destacam como prioritárias:

  1. Autenticação multifatorial e passkeys
    Passkeys e autenticação multifatorial reduzem drasticamente o risco de acessos indevidos, já que combinam diferentes fatores de verificação e dificultam ataques de phishing.
  2. Verificação biométrica e análise comportamental
    Reconhecimento facial, leitura de impressões digitais e análise do padrão de digitação ajudam a validar identidades de forma mais precisa. Essas ferramentas identificam desvios sutis que um processo manual dificilmente perceberia.
  3. Monitoramento contínuo durante o ciclo de vida do cliente
    O monitoramento de atividades ao longo do relacionamento permite identificar fraudes sofisticadas que só aparecem com o tempo. Esse acompanhamento é ainda mais relevante em transações recorrentes ou de alto valor.
  4. Integração entre compliance e segurança
    KYC, KYB (Know Your Business) e AML devem ser parte do mesmo fluxo de defesa cibernética. A integração entre regras regulatórias e sistemas de detecção de anomalias cria camadas adicionais de proteção e reduz falsos positivos.
  5. Automação com governança
    A automação acelera o onboarding, mas precisa de limites claros. Workflows bem definidos, revisão periódica de regras e auditorias constantes garantem que a tecnologia atue com eficiência sem abrir espaço para brechas exploráveis.
  6. Educação e conscientização
    Ataques de phishing e engenharia social exploram falhas humanas, e programas de treinamento reduzem o risco de cliques indevidos ou validações mal executadas. Portanto, equipes treinadas continuam sendo uma das melhores defesas.

O desafio da velocidade

Um ponto central na segurança digital no setor financeiro é a velocidade. Ataques automatizados acontecem em segundos e podem explorar vulnerabilidades logo após serem descobertas. Do outro lado, clientes esperam processos de abertura de conta rápidos, sem fricções desnecessárias. Essa tensão entre segurança e agilidade exige soluções inteligentes, que combinem automação avançada, análise de risco em tempo real e arquitetura escalável.

Nesse equilíbrio, a transparência também conta. Logo, explicar de forma clara por que certas etapas de verificação são necessárias ajuda a reduzir consideravelmente a frustração do cliente. E mais do que isso, reforça a percepção de que a instituição está cuidando ativamente da segurança dele.

Preparando-se para o futuro

O futuro dos serviços financeiros no Brasil depende da capacidade de equilibrar inovação e proteção. À medida que automação e novos modelos de negócio se expandem, as ameaças cibernéticas acompanham o mesmo ritmo, tornando-se mais organizadas e difíceis de detectar.

Adotar estratégias de segurança digital no setor financeiro no onboarding e compliance não é apenas proteger sistemas contra ataques, mas preservar a confiança do cliente, cumprir regulações e garantir a continuidade das operações. Esse movimento exige tecnologia, governança e pessoas preparadas para atuar em conjunto. 

Na Luby, apoiamos instituições financeiras a fortalecer sua segurança digital e transformar compliance em diferencial estratégico. Fale com nossos especialistas e descubra como levar inovação e proteção para cada etapa da sua operação.

 

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Autor

Rafaela Dornellas

luby.com.br

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