A próxima geração dos pagamentos digitais - Como o Brasil tem evoluído nos pagamentos digitais, com Pix Automático, tokenização e orquestração, fortalecendo a infraestrutura financeira.

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A próxima geração dos pagamentos digitais

30 de setembro de 2025

imagem ilustrativa de um pagamento digital

Nos últimos cinco anos, o Brasil deixou de ser um país em transformação digital para se tornar uma referência em inovação financeira. O avanço do Pix foi o início de uma nova arquitetura de pagamentos digitais, marcada por automação, interoperabilidade e redução de barreiras para empresas e consumidores.

Agora, com iniciativas como Pix Automático, tokenização de ativos e orquestração multicanal, o país avança para além da digitalização dos meios de pagamento, desenvolvendo uma infraestrutura inteligente, integrada e preparada para operar em escala global.

Um panorama global dos pagamentos digitais

O avanço dos pagamentos digitais ao redor do mundo tem redefinido o papel das instituições financeiras, fintechs e plataformas digitais. Agora, o foco está em liquidação instantânea, integração entre sistemas e redução de barreiras para pagamentos locais e internacionais. Enquanto a infraestrutura tradicional, centrada em cartões e intermediários, vem sendo substituída por soluções mais diretas e programáveis.

Esse movimento inclui o crescimento de métodos como carteiras digitais, pagamentos entre contas (A2A), BNPL e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs). Esses recursos têm se destacado especialmente em mercados emergentes, onde o acesso bancário tradicional ainda é limitado, mas a conectividade digital permite novas formas de inclusão e inovação.

Para acompanhar essa mudança, diversos países criaram sistemas de pagamento em tempo real, com alto grau de interoperabilidade. Os destaques internacionais incluem:

  • Índia com o UPI, que processa mais de 11 bilhões de transações mensais e se tornou infraestrutura crítica para comércio e transferências pessoais
  • Reino Unido, com o Faster Payments, voltado para liquidação quase imediata entre bancos e empresas
  • China, onde Alipay e WeChat Pay dominam o varejo digital, integrando pagamentos, crédito e investimentos
  • Estados Unidos, com o FedNow, que amplia o acesso a pagamentos instantâneos para instituições de todos os portes
  • CBDCs, já em teste ou implementação em mais de 90 países, incluindo o Drex, no Brasil, como parte da digitalização da moeda soberana

Esse cenário global pressiona mercados locais a se modernizarem. E o Brasil, com sua combinação de regulação ativa, adesão massiva ao Pix e integração com novas tecnologias como tokenização e stablecoins, tem ocupado um papel de destaque nessa nova fase dos pagamentos digitais.

Pix como infraestrutura estratégica

O Pix se consolidou como um pilar dessa transformação no Brasil. Em 2024, atingiu 63,8 bilhões de transações, um crescimento de 52% em relação ao ano anterior, e caminha para superar os cartões como principal meio de pagamento digital. Com interoperabilidade ampla entre instituições financeiras, fintechs e carteiras digitais, o Pix superou barreiras tradicionais de acesso, reduziu custos e ampliou seu alcance entre empresas de todos os tamanhos.

Mas a principal evolução em curso é o Pix Automático, lançado oficialmente em junho de 2025 pelo Banco Central. Diferente do modelo tradicional, o Pix Automático permite autorizações prévias para pagamentos recorrentes, com regras definidas pelo usuário sobre frequência, limites e duração. Isso elimina etapas operacionais e reduz a inadimplência, sem depender da lógica dos débitos diretos bancários ou dos boletos.

Empresas dos setores de serviços, SaaS, telecomunicações, saúde e seguros já enxergam o Pix Automático como uma solução mais eficaz para cobrança recorrente, ao combinar eficiência, controle do consumidor e baixo custo transacional.

Recorrência com previsibilidade e menor fricção

Antes do Pix Automático, a cobrança recorrente no Brasil era um desafio técnico, uma vez que boletos resultavam em fricção e inadimplência, enquanto débitos automáticos dependiam de integrações bancárias complexas. O novo modelo do Banco Central substitui essas camadas por uma lógica mais fluida, que integra agendamento, notificações e automação nativa nos próprios canais de pagamento.

Na prática, isso transforma o Pix em uma base para novos modelos de negócio, capazes de escalar sem sobrecarregar as áreas de cobrança ou suporte. Como resultado, temos uma experiência mais fluida para o cliente e uma operação mais previsível para o negócio.

Tokenização e a reinvenção dos ativos financeiros

A digitalização dos pagamentos também se conecta ao avanço da tokenização regulada no Brasil. Nesse modelo, ativos financeiros são convertidos em tokens digitais, criptografados e auditáveis, integrados a contratos inteligentes que automatizam sua execução. Com respaldo institucional de registradoras como B3, Nuclea e CERC e supervisão do Banco Central, o país constrói uma base segura para novos formatos de transação.

A infraestrutura do Drex, moeda digital do Banco Central, é parte dessa equação. Pois, ela permitirá interoperabilidade com tokens recebíveis, cotas de FIDCs, debêntures, ativos de clubes esportivos e outros instrumentos de crédito. O efeito prático disso é uma nova geração de pagamentos programáveis, lastreados em ativos digitais com rastreabilidade e conformidade nativas.

Além de ganhos operacionais, a tokenização oferece abertura para formatos de financiamento coletivo, contratos automáticos e novos arranjos entre empresas, investidores e consumidores. Ela não apenas amplia o escopo dos pagamentos digitais, mas redefine os próprios conceitos de valor e liquidez no sistema financeiro.

Orquestração como camada de inteligência transacional

A complexidade crescente dos meios de pagamento exige uma abordagem mais estruturada e a orquestração de pagamentos tem sido uma resposta a essa fragmentação. Uma vez que as plataformas de orquestração criam uma camada única de decisão e automação que conecta diferentes rails, como Pix, cartões, boletos, stablecoins, transferências internacionais, com roteamento inteligente, monitoramento em tempo real e otimização de custos.

Esse modelo permite operar múltiplos fluxos financeiros com regras de negócio centralizadas, conciliando variações regulatórias, tributárias e operacionais. Em vez de somar integrações manuais, a empresa opera com lógica unificada, flexível e pronta para escalar.

No contexto brasileiro, soluções já integram Pix e stablecoins em pagamentos cross-border, otimizando liquidez e reduzindo fricções cambiais. Essa arquitetura permite que empresas brasileiras atuem em mercados globais sem depender exclusivamente de sistemas bancários tradicionais, mantendo aderência às normas locais e internacionais.

Uma nova etapa para os pagamentos digitais no Brasil

O Brasil não apenas acompanhou a evolução global dos pagamentos digitais, como contribuiu ativamente com modelos inovadores que agora inspiram outros mercados. Soluções como Pix, o Pix Automático, a tokenização regulada e a orquestração multicanal mostram que a transformação não depende apenas de novas tecnologias, mas de capacidade institucional e clareza de propósito.

Se a sua empresa busca modernizar fluxos financeiros, reduzir fricções operacionais ou explorar novas oportunidades com Pix, tokenização ou orquestração, a Luby pode ajudar. Combinamos tecnologia, estratégia e domínio regulatório para desenhar soluções sob medida para cada etapa da jornada de pagamentos digitais.

 

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Autor

Rafaela Dornellas

luby.com.br

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