A nova era das fraudes bancárias: invisíveis, inteligentes e devastadoras - Descubra como as fraudes bancárias estão evoluindo e quais tecnologias estão moldando o futuro da segurança digital no setor financeiro.

Fintechs e Bancos

A nova era das fraudes bancárias: invisíveis, inteligentes e devastadoras

23 de setembro de 2025

Imagem com uma pessoa segurando um celular, simbolizando as fraudes bancárias, tema do artigo da Luby.

Nos últimos anos, as fraudes bancárias evoluíram. Elas deixaram de ser operações visíveis e rudimentares para se tornarem ataques sofisticados, silenciosos e altamente direcionados. Na prática, o maior risco hoje não é o golpe que todos conhecem, mas aquele que acontece sem alarde e que, quando descoberto, já comprometeu a confiança, o compliance e os resultados financeiros da instituição.

Neste artigo, analisamos por que as fraudes bancárias estão cada vez mais difíceis de detectar, quais formatos vêm ganhando força e de que forma a tecnologia pode ser aplicada para criar um modelo de segurança invisível, contínuo e resiliente.

O novo rosto das fraudes bancárias

Fraudes deixaram de ser um problema operacional. Elas são hoje um vetor de risco. Os hackers não invadem sistemas: eles se infiltram. Operam com identidade sintética, manipulam interfaces legítimas e burlam processos de autenticação com disfarces quase perfeitos.

Formatos que ganham força no cenário atual:

  • Engenharia social hiperpersonalizada: golpes que simulam contatos internos da instituição, com domínio de linguagem técnica e uso de dados reais.
  • Deepfakes em processos de onboarding: vídeos falsos com aparência legítima para aprovar abertura de contas, empréstimos ou alteração cadastral.
  • Tomada de contas (account takeover): uso de credenciais vazadas, biometria clonada e reconhecimento facial vencido por manipulações visuais.

Tudo isso ocorre dentro de fluxos legítimos, com aparência confiável. A fraude bancária contemporânea não precisa forçar sua entrada. Ela simplesmente se comporta como se tivesse permissão.

Por que a segurança tradicional não acompanha mais

Em contrapartida, os modelos clássicos de autenticação e verificação foram projetados para ameaças lineares. Mas a fraude bancária se tornou dinâmica, adaptativa e altamente criativa. Algumas fragilidades recorrentes:

  • Autenticação estática (senha, token, biometria facial) facilmente vencida por imagens de redes sociais, fotos de documentos e vídeos manipulados.
  • Modelos baseados em regras rígidas que geram excesso de falsos positivos e não detectam variações comportamentais sutis.
  • Falta de integração entre segurança, compliance e experiência do usuário, criando brechas nos fluxos e descontinuidade na detecção.

Consequentemente, cresce o número de ataques silenciosos que atravessam múltiplas camadas de verificação sem acionar alertas. Por isso, mesmo quando são detectados, muitas vezes já é tarde demais.

Deepfake, IA e invisibilidade

Tecnologias que antes estavam restritas a pesquisas ou laboratórios hoje são acessíveis a qualquer pessoa com conexão e má intenção. É o caso dos deepfakes aplicados a fraudes bancárias. Com isso, vídeos, áudios e imagens altamente realistas passaram a simular pessoas reais, inclusive executivos e clientes. 

Relatórios recentes indicam que:

Como os bancos podem reagir com inteligência

Combater fraudes bancárias invisíveis exige mais do que novas ferramentas. Exige uma nova arquitetura de segurança, que funcione de forma contínua, contextual e silenciosa para o usuário legítimo com padrões anômalos. Conheça algumas tecnologias e práticas já aplicadas por instituições líderes:

  • Autenticação adaptativa baseada em risco: níveis diferentes de verificação conforme o tipo de operação, localização, histórico ou dispositivo.
  • Biometria comportamental: identificação com base em como o usuário digita, segura o celular ou interage com o app (difícil de replicar por hackers).
  • Análise de anomalias em tempo real: sistemas que cruzam múltiplos dados e sinalizam desvios instantaneamente, reduzindo a janela de exposição.
  • Modelos de aprendizado distribuído: cooperação entre instituições sem expor dados sensíveis, para ampliar a capacidade de detecção com segurança.
  • Integração com ecossistemas Open Finance: cruzamento de dados entre instituições para validar perfis, históricos e dispositivos confiáveis.

O que o mercado já vem fazendo

Bancos que investem em biometria comportamental, autenticação invisível e detecção em tempo real já observam ganhos concretos. Casos como o do Banco BV, com redução de reprovações indevidas e aceleração no crédito, ou instituições latino-americanas que reduziram em até 66% os falsos positivos com biometria comportamental, mostram o impacto direto dessas tecnologias.

No Brasil, soluções como biometria de voz já evitaram perdas milionárias, e, enquanto isso, operações policiais recentes revelaram o uso de deepfakes em tentativas de abertura de conta.

Como resultado, essas respostas vêm consolidando benefícios como:

  • Menos fraudes e estornos;
  • Menor atrito para clientes legítimos;
  • Mais agilidade e confiança nas jornadas digitais.

Segurança bancária sem ruído e sem pausa

A autenticação pontual está perdendo relevância diante de ameaças que operam de forma contínua e altamente personalizada. Nesse cenário, a segurança precisa se comportar como um sistema inteligente. Sempre ativo, capaz de interpretar o comportamento do usuário e agir em tempo real.

Os bancos que incorporarem essa lógica estarão mais bem posicionados para proteger não apenas seus ativos, mas também sua reputação e a confiança de seus clientes. A resposta mais eficiente não é aquela que reage ao ataque, mas a que identifica o desvio antes que ele aconteça.

Conclusão

A nova geração de fraudes bancárias exige visão a longo prazo. Proteger o sistema financeiro não depende apenas de impedir o acesso indevido, mas de compreender, prever e neutralizar comportamentos anômalos antes que eles se tornem prejuízo.

Na Luby, co-criamos soluções digitais sob medida para bancos e fintechs que já entenderam essa mudança. Atuamos com visão estratégica, alto domínio técnico e foco em resultados. Fale com nossos especialistas em segurança do setor financeiro e saiba mais.

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Autor

Júlia Ilkiu

luby.com.br

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