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16 de maio de 2025
Por muito tempo, a computação quântica foi vista como um experimento distante, restrito a laboratórios e pesquisas acadêmicas. Porém, com avanços concretos em hardware, algoritmos e aplicações práticas, essa tecnologia já começa a ganhar tração em setores estratégicos da economia.
Finanças, saúde, energia, logística e manufatura são apenas alguns dos segmentos que começam a testar e, em breve, aplicar soluções baseadas em computação quântica e quantum AI.
Ao contrário dos computadores clássicos, que trabalham com bits (0 ou 1), os computadores quânticos operam com qubits – unidades que podem estar em vários estados ao mesmo tempo. Essa característica, chamada de superposição, combinada com outras propriedades como emaranhamento e interferência, permite que eles processem uma quantidade massiva de possibilidades simultaneamente.
Na prática, isso significa que problemas que levariam anos para serem resolvidos por supercomputadores clássicos podem ser solucionados em minutos com computação quântica. Mas a grande diferença não está só na velocidade, e sim na natureza dos problemas que se tornam viáveis.
A computação quântica já está sendo testada em desafios reais, com potencial de transformar processos, acelerar descobertas e criar vantagens competitivas em larga escala. Veja alguns exemplos:
Finanças
Instituições financeiras como JPMorgan, HSBC e Goldman Sachs já estão conduzindo provas de conceito com modelos híbridos (quântico-clássico) para análise de risco e alocação de ativos.
Saúde
A biotecnologia é uma das áreas mais promissoras para o uso de computação quântica, justamente porque a modelagem de moléculas envolve uma quantidade absurda de combinações, difícil de processar com métodos tradicionais.
Logística e Supply Chain
Empresas de transporte e varejo já testam algoritmos quânticos para resolver o “problema do caixeiro viajante” em escala industrial, algo que a computação clássica trata com muitas limitações.
Energia e Clima
A transição energética, por sua própria complexidade, deve ser acelerada com o uso de quantum. Instituições como a NASA e a Siemens estão envolvidas em projetos voltados à eficiência energética e simulações climáticas mais precisas.
Manufatura e novos materiais
Empresas como a Volkswagen e a Airbus já trabalham com computação quântica para criar novos compostos para uso em mobilidade e aviação.
A inteligência artificial já provou seu valor em tarefas de análise, automação e recomendação. Mas quando se junta à computação quântica, surgem novas possibilidades.
O Quantum AI combina o raciocínio em larga escala da IA com o poder de simulação quântica. Em vez de depender apenas de grandes volumes de dados e poder computacional tradicional, ele passa a operar com um número massivo de possibilidades e variações ao mesmo tempo.
Alguns casos de uso em andamento incluem:
Essa integração também é estratégica porque torna a IA mais adaptável, rápida e contextual, algo que pode ser decisivo em áreas como cibersegurança, mercado financeiro e medicina personalizada.
Se por um lado o quantum promete avanços importantes, por outro ele representa uma ameaça real para os padrões atuais de criptografia. Os algoritmos de chave pública usados hoje em dia podem ser quebrados em minutos por computadores quânticos.
Essa mudança exigirá uma reestruturação total da infraestrutura de segurança digital. E ela já começou. Governos e grandes empresas estão investindo em criptografia pós-quântica – um novo conjunto de algoritmos que resistem ao poder de quebra do quantum. A transição será complexa e deve levar anos, o que torna a preparação desde já essencial.
A computação quântica ainda não é acessível para todos, mas está cada vez mais disponível em serviços na nuvem como IBM Quantum, Azure Quantum e Amazon Braket. Isso abre espaço para que empresas iniciem sua jornada de forma estratégica, mesmo sem investir em hardware próprio.
Aqui estão três movimentos que líderes de tecnologia podem fazer agora:
A computação quântica não resolve tudo, mas começa a mudar a lógica de como enfrentamos problemas complexos. Para as empresas, o valor está em entender onde a abordagem quântica pode fazer diferença de verdade, em vez de tratar o tema como tendência ou curiosidade. Identificar áreas com gargalos analíticos, testar aplicações viáveis e acompanhar a evolução técnica já é um bom ponto de partida.
Enquanto isso, a inteligência artificial segue ganhando espaço com soluções acessíveis e aplicáveis agora. Na Luby, ajudamos empresas a usar IA de forma estratégica para tomar decisões melhores, automatizar processos e gerar impacto real. Se quiser entender por onde começar, fale com a gente.
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